O ex-presidiário e ex-presidente disse que antes de formar aliança, Alckmin precisa definir em qual partido vai ficar
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta terça-feira 30, que está conversando com Geraldo Alckmin (PSDB) sobre uma possível aliança para disputar as eleições de 2022. O petista disse, em entrevista à Rádio Gaúcha, que ainda não definiu se será ou não candidato, mas, caso seja, irá “construir uma chapa para ganhar as eleições”.
— Mas é o seguinte: eu quero construir uma chapa para ganhar as eleições. E quero construir uma chapa para mudar outra vez a história deste país — completou.
Quando questionado sobre formar uma aliança com alguém com quem tinha desavenças, Lula respondeu que sempre teve um bom relacionamento com Alckmin. O ex-governador de São Paulo, filiado ao PSDB, tem sido apontado como um eventual vice na chapa do petista. Ambos disputaram a presidência em 2006, em polos políticos opostos. Lula, contudo, minimizou eventuais diferenças ideológicas:
— Quando eu fui presidente da República, eu tive uma extraordinária relação com o Alckmin. O Alckmin foi um responsável governador de São Paulo. Ele está em uma definição de partido político. Nós estamos em um processo de conversar. Vamos ver na hora que eu decidir ser candidato ou não se é possível a gente construir uma aliança política.
O ex-presidente afirmou que, mesmo sem a certeza de que irá concorrer às eleições, já tem “23 vices e oito ministros da Fazenda”, ironizando especulações sobre sua chapa.
— Eu não tenho pressa para definir se vou ser candidato ou não. O partido já definiu que, se tiver candidato, sou eu o candidato. Eu tenho que, obviamente, conversar com outras forças políticas, com outros partidos políticos e quando chegar mais ou menos no meio de fevereiro ou em março eu vou conversar com o partido e vou decidir se vamos oficializar ou não a minha candidatura.
Além disso, o petista também disse que o país não pode ser governado por pessoas de fora da política.
— Aventuras não dão certo. (o presidente Jair) Bolsonaro é um exemplo disso, (O ex-presidente Fernando) Collor foi outro exemplo disso. Sempre que você tenta lançar alguém de fora da política, que não gosta de política, o resultado sempre é pior.
Por O Globo