A Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII), vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações, anunciou nesta semana que o Brasil terá um satélite 100% produzido pela indústria nacional. Segundo a organização social, a solução tecnológica vai trazer conhecimento para explorar o espaço e deverá estar pronta para ser lançada em órbita no início de 2022.

Em comunicado à imprensa, a EMBRAPII afirmou que a tecnologia será capaz de produzir informações que orientem políticas públicas em diversas áreas da sociedade e setores do mercado. Além disso, o projeto deverá ser um marco no avanço das indústrias de defesa e espacial brasileiras.

A produção do satélite nasceu da parceria entre a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial, a Unidade EMBRAPII do Instituto Senai de Inovação (ISI) em Sistemas Embarcados e a empresa Visiona Tecnologia Espacial. O piloto do projeto servirá principalmente para “adquirir conhecimento para o desenvolvimento de satélites comerciais”, segundo a organização.

Projeto vai preencher lacunas da indústria espacial nacional

Trata-se de um nanossatélite que deverá desenvolver as principais lacunas tecnológicas da indústria espacial brasileira. Pesando apenas 10 kg e com dimensões de 30cm x 20cm x 10cm, mais ou menos do tamanho de uma caixa de sapato, o dispositivo validará tecnologias como sistemas de navegação, supervisão de bordo e rádio definido por software.

Uma vez lançado em órbita terrestre, previsto para acontecer em 2022, o pequeno satélite vai coletar dados e imagens que serão então transmitidos para uma estação de controle em terra. No longo prazo, a tecnologia deverá trazer ainda mais possibilidades de utilização.

A EMBRAPII exemplifica alguns potenciais usos do nanossatélite no futuro, principalmente em negócios ligados à conectividade, como Cidades Inteligentes. Outros exemplos são o monitoramento da agricultura e pecuária em locais afastados e a coleta de informações que contribuam na prevenção de tragédias naturais, como enchentes e deslizamentos de terras.

Vale destacar que este não é exatamente o primeiro satélite desenvolvido no Brasil, pois existe o Amazonia-1 já operando em órbita, mas é o primeiro integralmente produzido pela indústria nacional. Por enquanto, ainda não há informações sobre como será o lançamento do novo nanossatélite, nem qual será o foguete responsável por isto.

Por Tecnoblog

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