O grupo de adultos e crianças foi deixado por um ônibus da Prefeitura de Teixeira de Freitas na madrugada desta terça (16). Eles entraram no Brasil há cerca de 1 ano e meio em busca de melhores condições de vida

Um grupo de 25 venezuelanos da etnia indígena Warao foi deixado perto da Rodoviária de Vitória , na madrugada desta terça-feira (16), por um ônibus da Prefeitura de Teixeira de Freitas, cidade do Sul da Bahia. Eles contam que entraram no Brasil há cerca de um ano e meio em busca de melhores condições de vida e, desde então, vêm rodando por várias cidades procurando trabalho e oportunidades.

Ruben Mata, de 37 anos, cacique da tribo e que está no grupo que chegou em Vitória, disse que o grupo entrou no Brasil pelo Estado de Roraima, passaram por outros municípios brasileiros e, em seguida, foram para Jequié, outra cidade do interior da Bahia. Uma assistente social, porém, disse que lá era uma cidade pequena e que eles teriam de se mudar para conseguir trabalho.

“Primeiro chegamos em Jequié. Eu falei com a assistente social e aí ela falou que era cidade pequena e perguntou para onde queríamos ir. Eu tenho família, tenho criança pequena. Ela falou que tínhamos que ir para outra cidade, para Teixeira de Freitas. Colocaram no ônibus e nos deixaram em Teixeira de Freitas”, contou.

Em Teixeira de Freitas, eles foram orientados novamente por uma assistente social a virem para Vitória, porque as condições de vida aqui seriam melhores. Eles foram deixados próximo à rodoviária, sem receber nenhuma outra instrução.

“Lá, de novo chegou a assistente social e sacaram todos os documentos e falaram que tínhamos que ir para outra cidade, para Vitória, e aí colocaram a gente no ônibus de novo. Deixaram a gente aqui fora e o ônibus voltou”, explicou Ruben.

“Ninguém falou nada, a assistente social falou que Vitória era melhor e trouxe para cá, nos deixou aqui mes Ruben contou que foram atraídos ao Brasil por promessas de que teriam oportunidades de trabalho. O cacique da tribo afirmou que a realidade foi diferente e pediu ajuda para ele e também aos outros membros da tribo.mo.”

“Cheguei aqui esperando encontrar o que me prometeram. Estamos andando há um tempo. Nas outras cidades, ninguém me ajudou e agora chegamos em Vitória para sermos ajudados”, lamentou Ruben.

A Companhia Estadual de Transportes Coletivos de Passageiros do Estado do Espírito Santo, que administra a Rodoviária de Vitória, informou, em nota, que por volta das 3h desta terça-feira (16) um ônibus clandestino, vindo de Teixeira de Freitas, na Bahia, desembarcou um grupo de cerca de 20 venezuelanos na rua lateral à rodoviária.

“Por volta das 5h15, o grupo se dispersou para fora das dependências da rodoviária, ao lado do estacionamento. A abordagem social  chegou ao local por volta das 7h para prestar os devidos serviços humanitários.

A  Prefeitura de Teixeira de Freitas ainda não enviou um posicionamento.

Fonte: A Gazeta

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