Um erro na liberação do corpo de uma vítima de acidente de trânsito resultou em um episódio de constrangimento para uma família em luto na noite de domingo (9). A Polícia Civil interrompeu o velório de Lucas Nascimento, 31 anos, para realizar a remoção correta do corpo para o Instituto Médico Legal (IML) de Teixeira de Freitas, onde foi submetido à necropsia.
O acidente ocorreu na rodovia BA-290, em Itanhém, no domingo (9). Lucas pilotava uma motocicleta com a esposa na garupa quando perdeu o controle em uma curva, saiu da pista e sofreu uma queda violenta. O casal foi socorrido e encaminhado ao Hospital Maria Moreira Lisboa, em Itanhém.
Óbito e Liberação Incorreta:
Enquanto a esposa, que também se feriu no acidente, recebeu alta hospitalar, Lucas não resistiu aos ferimentos e morreu na manhã de segunda-feira (10). Apesar de se tratar de uma morte violenta – que por lei exige exame de corpo de delito –, um médico plantonista liberou o corpo diretamente para o velório, sem a perícia técnica.
Velório Interrompido:
O velório foi iniciado, na capela da Igreja Católica. No entanto, seguindo o procedimento legal para mortes violentas, o delegado William Pereira determinou a interrupção da cerimônia fúnebre. O corpo foi então removido para o IML de Teixeira de Freitas para a necropsia, sendo liberado para a família apenas após a conclusão do exame. Causando grande revolta.
“A gente estava em velório, chorando, sofrendo, e de repente chega a polícia dizendo que precisava levar meu filho pra Teixeira. Eu já passei por tudo isso, eles não vão devolver a vida do meu filho. Isso não podia estar acontecendo. Foi falha do hospital”, lamentou Marineide, Mãe de Lucas.
Lucas Nascimento era casado, pai de dois filhos e trabalhava como motorista. Sua morte causou profunda comoção na comunidade.
Com Informações: Lenio Cidreira/Liberdadenews e Edelvânio Pinheiro/Aguapretanews
