Após a prisão de um suspeito de violentar uma criança de 2 anos em Itanhém, no extremo sul da Bahia, o delegado William Santos Pereira detalhou as investigações em entrevista ao Jornal Liberdade, da Rádio Eldorado FM. O caso foi descoberto quando a Polícia Militar, ao atender a uma ocorrência, acionou o Conselho Tutelar e constatou indícios de abuso sexual no Hospital Municipal.
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A criança foi transferida para o Plantão Policial em Teixeira de Freitas, onde passou por exame do Departamento de Polícia Técnica. O laudo confirmou “rompimento himenal completo”, resultado da introdução de um objeto, além de lesões corporais. As oitivas iniciais apontaram o padrasto como principal suspeito.
Diante da gravidade, a polícia solicitou e obteve a prisão preventiva do investigado na madrugada do dia 12. Ele foi capturado pela CIPE/Mata Atlântica ainda na tarde seguinte. Em interrogatório, negou o abuso sexual, mas admitiu ter agredido a criança com um cinto, o que teria causado inchaço na região genital.
Em sua fala, o delegado William Santos foi enfático ao rebater a versão do suspeito: “Essa versão não é verídica porque houve um rompimento himenal. Isso só ocorre mediante a introdução de algum objeto. Então, não há dúvida de que essa criança foi abusada sexualmente, e há fortes indícios de que esse investigado seja o autor.”

O investigado está à disposição da Justiça. As investigações continuam para apurar a possível participação ou conivência da mãe, que afirmou estar na igreja no momento do crime. Sobre esse ponto, o delegado acrescentou: “A mãe afirma que não estava em casa, mas não podemos afirmar ainda, é preliminar. Pode ser que ela não tenha tido participação, mas que teria sido conivente. É algo que ainda estamos investigando e só poderemos afirmar no final.”
A polícia também coletou o vestido manchado de sangue da vítima, enviado para análise genética em Salvador. O delegado destacou o caráter permanente do trauma causado por esse tipo de crime e reafirmou o compromisso da polícia em priorizar tais investigações.
Por: Lenio Cidreira/Liberdadenews